Ilha de Calipso. 
Refúgio de Pã. 
Que teus pés não toquem 
Nunca terra ou mar 
Sem a proteção dos 
 Olhos da Lua. 
Clamo para ti o toque 
 Da sabedoria da coruja 
Para que não te tornes 
Alvo fácil do Arco errante 
Da Paixão.
 Mas que mantenha te sempre, 
Capaz de verter amor puro 
Às criaturas que vivem ao redor 
De ti. 
Evite a poesia da Lira dos raios
De Sol. 
E tema o toque dos raios 
E a ira de sua Aliança. 
Desejo para ti a velocidade
 Das guardiãs das florestas 
E que nunca desafie as Espumas do Mar. 
Oh doce criança, 
Que as tecelãs se afeiçoem de ti. 

Marcos Matos

9 comentários:

  1. Unknown says:

    Amém! Uma poeprece (poesia&prece); Que Deus ouça seus peditórios e a paz, harmonia e felicidade sejam teus prêmios.

  1. Unknown says:

    Queria te pedir que essa poeprece fosse para mim também.Preciso muito da proteção da lua, da sabedoria das corujas, a velocidade das guardiãs, a afeição das tecelãs, enfim...pra que eu possa voltar para casa em paz. PS.estive lá pelo Trumbls, deixei coments mas não sei se chegaram.

  1. Amém, Com fé em Deus. Claro que pode ser para você. Por favor, sinta-se em casa ^^. O Tumblr eu não sei usar =/ Infelizmente não voltei lá pq não aprendi a usar ^^ mas quem sabe né vou tentar aprender nesse carnaval ai ^^ Abraços. Até a próxima postagem.

  1. Unknown says:

    Sua Prece é poderosa. Suas palavras têm força. Acredite. Use-as bem.
    Na ilha de calipso o herói sempre sonha em voltar pra casa.
    A filosofia comprova a impossibilidadede de retorno material, veja:
    "Não podemos jamais ir para casa, voltar à cena primária enquanto momento esquecido de nossos começos e“autenticidade”, pois há sempre algo no meio [between]. Não podemos retornar a uma unidade passada, pois só podemos conhecer o passado, a memória, o inconsciente através de seus efeitos, isto é, quando este é trazido para dentro da linguagem e de lá embarcamos numa (interminável) viagem. Diante da “floresta de signos” (Baudelaire), nos encontramos sempre na encruzilhada, com nossas histórias e memórias (“relíquias secularizadas”, como Benjamin, o colecionador, as descreve) ao mesmo tempo em que esquadrinhamos a constelação cheia de tensão que se estende diante de nós, buscando a linguagem, o estilo, que vai dominar o movimento e dar-lhe forma. Talvez seja mais uma questão de buscar estar em casa aqui, no único momento e contexto que temos." (Chambers apud Hall, 2003, p.27).

    Mas quando estamos falando do mundo espiritual qualquer caminho é sempre um retorno.

  1. Woooow!!! Eu não tinha conhecimento de tudo isso ^^. Obrigado por me trazer essa informação. Eu sabia que na Ilha e tenta aprisionar um herói e ele tenta fugir se não me engano. Mas a questão que coloquei Calipso é que na lenda que eu li ela era a filha de Atlas que foi aprisionada lá e tudo que ela queria era amor. E quando o Ulisses chegou ela se apaixonou por ele só que ele já era casado e queria voltar para esposa e filho. Ela tentou fazer de tudo para ele ficar até tentou dar a ele imortalidade. Porém com uma ajudinha de Atena ele resiste e sai de lá. E li também que o maior poder dela era o da vida e da morte, já que ela é uma das fiandeiras ou tecelãs ou Moiras ou Parcas... Bem e esse poder sobre a vida e a morte que ela tem é justamente o amor que ela oferece aos que precisam, como no caso de Ulisses. O primeiro amor dela por ele era o amor puro de ajudar. Porém no segundo momento ela se apaixonou por ele. Já Pã eu li que era o deus selvagem, que vivia em locais virgens, puros e sem os males dos homens. Porém como o homem foi se espalhando e com ele seus males Pã não suportou ver sua natureza ser destruída e se exilou, sumindo de vista. E o restante da poeprece, gostei desse nome ^^ XD Bem o restante é bem tranquilo ^^.

  1. Unknown says:

    O herói volta pra sua casa, mas não é mais o mesmo e nem sua casa é a que deixou( daí a impossibilidade). O nó critico do meu debate interno: memórias e passado, o que sim,o que não.
    Existem muitas maneiras de perceber os mitos, muitas delas os interpretam como fantasias irreais. No entanto, gosto de uma interpretação feita por uma professora num curso que fiz no ano passado. Ela me fez perceber o quanto os mitos são metáforas de experiências bem reais. Hoje li um texto que me fez reforçar argumentos de que amor e paixão não são opostos, mas podem se intercalar numa relação. Acho intereesante essa perpectiva, porque, em geral estamos sempre achando que um sentimento exclui outro. Veja:http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=12725#.URuDaCpO85Q.facebook

  1. Honestamente eu não concordo. Já passei por algumas situações que posso dizer. Paixão é totalmente diferente de Amor. Quantas vezes já fui atrás de mulheres que achei ser a melhor e que elas seriam ótimas namoradas, e aquela sede que a paixão causa, aquela cegueira, aquela afobação me levando a erros, tropeços e quedas. Decepções e em alguns casos perda de amizades e "amizades". Acumulo de tristezas geradas pelas suas decepções. Já o amor se apresentou a mim muito tranquilo, sem ciúmes o tempo todo, sem desconfiança, sem insegurança, sem brigas o tempo todo, sem essa cegueira, sem afobações, sem decepções e sem perdas. Muito pelo contrário só somas. Soma de amizades, de momentos, lembranças, alegrias, e o principal, de sentimentos. Tudo o que eu disse pode ser bem clichê e piegas, mas é o que sinto. Vivo uma tranquilidade que nunca vivi em relacionamento algum em minha vida. Acho que o amor antes de tudo te trás todas essas coisas e uma muito importante. Paz.

  1. Unknown says:

    Ela diferencia a paixão que fz bem da doentia assim: "Quando não é saudável, a paixão é capaz de transtornar, desviar a rota, fazer perder o rumo de casa. Como semente ruim em terra boa, ou semente boa em terra ruim. Ou ainda, semente ruim em terra não preparada. Pode tornar o apaixonado passível de atos passionais. Impensados, insanos, perigosos. Nestes casos, o melhor é procurar ajuda, tratamento, cura. Porque a paixão pode virar doença.

    Mas quando é saudável, paixão é deslumbramento. É projeção sobre o outro do melhor que conseguimos enxergar no mundo e nas pessoas. Paixão, mesmo avassaladora, quando sã é sinônimo de potência - força para fazer nascer o amor. Isto é, paixão é vida. Desarma. Dá coragem para a entrega, para a aposta, para uma das tentativas mais desafiantes as quais somos submetidos durante a vida."
    Penso que os nomes que damos as coisas não definem exatamente como as coisas são. Deixando a teoria de lado, o discurso, temos mesmo que cultivar aquilo que nos faz bem. Portanto, se hoje você vive um sentimento que te faz bem, onde há compreensão, satisfação, que te faz feliz, o que importa o nome que se dá? Viva intensamente essa felicidade.

  1. Unknown says:

    A descrição do sentimento que você vive causa um bem estar até em quem lê suas palavras, contagia como algo bom. Me deixa feliz te ver assim. Entendo bem o que você está falando, essa experiência construtiva que só soma.