O show começa.
Você abre a porta e corre ao som do piano.
As memórias vindo as enchorradas e
A necessidade se intensificando.
O galope metálico e agressivo da guitarra,
Se transformam no teu cavalo negro.
A floresta negra emite flashs,
Ao tocar tua pele.
Tuas lágrimas brilham em meio as árvores,
E, tornam o cavalo pouco a pouco grisalho.
A bateria dá o suspense e acelera teu coração.
O baixo aumenta a urgência.
O rio para, para ver sua passagem.
Enfim minha voz te alcança,
A guitarra acelera o cavalo,
E vão ao máximo o suspense e a urgência.
É quase refrão.
Norteada pela minha voz,
Você chega aos meus portões.
A música para, o cavalo some
E a as portas se escancaram.
Nas escadas o piano retorna.
No corredor a guitarra renasce.
Na torre mais distante eu espero.
Agora bateria e baixo te acompanham.
Sua mão vira, a porta se abre.
Ao seu grito meus muros caem.
Uma pausa.
Só o seu coração bate.
Eu me viro, unimos testas,
E o refrão começa.

Marcos Matos

Achei isso em um caderno, escrito a quase um ano. Bem, é isso.

5 comentários:

  1. Unknown says:

    Parece um filme ou o roteiro de um clip...quase não dá pra acreditar que isso se passe nas almas dos personagens, de verdade.

  1. Unknown says:

    Fugas: para mim, a pior de todas é a de si mesmo. Entre fugir dos outros pra ficar/estar consigo ou fugir de si pra ficar/estar com os outros eu prefiro a primeira hipótese.
    Toda fantasia nasce de alguma verdade experimentada. Será que é assim mesmo?

  1. Hum... não sei bem. Acho que foi mais pela música mesmo. A primeira coisa que vi quando ouvi essa música foi o que escrevi.

  1. Unknown says:

    A paisagem descrita(floresta, cavalo, torre) parecem medievais, mas também podem ser uma comparação com os "encastelamentos" da atualidade. Aquilo que muda e aquilo que permanece.
    Fico pensando: de onde vêm as idéias?
    Dependendo da perspectiva com que olho posso ver e concluir coisas diferentes.
    Esses dias estão difíceis. Estou naquela situação de não saber direito a medida das coisas. Incerteza sobre como fazer. Vou ou espero? Não sei bem.