A brisa na praia me leva a pular no teu mar e pedir pra me perder no oceano que é você.

Oceano no qual mergulho sem medo de não conseguir respirar ou me afogar.

Contigo conheço a simplicidade do oculto,

A liberdade que há nele e nele nos perdemos em nós.

Um no outro, com o outro e para o outro.

A conversa silenciosa dos olhos em meio aos corais.

Os beijos roubados atrás das algas.

E as caricias perto do cais.

A fuga da rotina só pra ver a chuva caindo na lâmina d’água,

Ou para curtir o sol ir para a lua vir.

Momentos de raros momentos.

De dentes batendo e cabelos molhados ao vento.

O ir até lá que nos trouxe até cá,

Somado ao ir mais até ali que acabou nos recompensando com o aqui,

Na jangada olhando as estrelas das nossas constelações.

Abaixo de nós,

Um mundo desconhecido pelo mundo, e ainda assim, no mundo.

Um mundo no mundo, gerando o nosso mundo.

No qual as pérolas são mais que os mais lindos grãos de areia.

Elas são representações do sofrimento, do amor e do perdão de uma ostra.

Que apesar das dores que lhe são impostas,

Vertem todo o seu amor para aquele grão de areia,

Mudando-o e enchendo-o de beleza e amor.

Para porfim um dia ele poder ser dado como um gesto de amor.

Marcos Matos

5 comentários:

  1. Unknown says:

    Intenso como o mar. Apaixonante.

  1. Unknown says:

    É assim um manjar dos Deuses ficar saboreando os dois textos(o dito e o não dito), fazendo conexões,leituras e releiturasadivinhando sentidos, apreciando e descobrindo novos peixinhos e plantinhas coloridas nesse lindo mar.

  1. É Marisa, foi legal escrever esse poema. Minha mente criou quase um filme, então foi bem legal.

  1. Unknown says:

    Assim como a realidade imaginada (quase um filme) em muitas partes identifico vivências possiveis e posso constata-las na minha história de vida.

  1. Concordo Marisa. A vida imita o video ^^. Desculpe a falta de ânimo. =/.