Na linha do tempo escrevemos nossos sonhos e segredos.
De mãos dadas cruzamos eras,
Para de tempos em tempos tornarmos a nos pertencer;
Das formas mais distintas.
Agora é uma noite de trevas que nos une novamente.
Na beira da praia só o que prevalece;
É o som da sua espada cortando ar e carne;
E reinando ao lado do meu tridente banhado a sangue.
Após vitória esmagadora;
Ergueremos fogueiras e mais fogueiras de corpos.
E aproveitando o calor,
Faremos nosso ninho bem no meio delas.
Para esperar o portador da arma flamejante,
Que de um só golpe;
Nos fará de uma vez por todas cinzas.
Marcos Matos
Quando eu parar de morrer
E conseguir sustentar seu olhar,
Seus olhos vão perder as brumas
Que se formaram nesse último mês,
E enfim, vão se mostrar azuis de novo.
E vamos poder voltar a ver
Os golfinhos que nadam em sua pele,
Desde quando eu te tive como minha.
Quero voltar a encontrar
Minhas asas de cera,
No céu azul dos teus olhos
E senti-los passar por mim todo,
Inteiro, bem como suas unhas
A dividir minhas costas
Com um doce e típico ardor.
Marcos Matos
Segundo post como prometido.
Tenho vontade de lavar as janelas da alma.
Mas a muito me falta o essencial.
Porém, poréns se acumulam.
Na garganta habita um nó cego;
Dominado pela inércia.
Ao manifesto da coragem;
É iniciada a repreção do medo da mágoa
Da qual a progenitora é a fragilidade.
E que tem como colostro palavras;
Ditas sem pensar.
E berço no descuido.
Marcos Matos
Pessoal esse é o post da semana passada que eu não pude postar.
Então essa semana teremos dois posts para compensar.
Obrigado a todos que acessam o blog. E gostaria de pedir novamente que comentem de preferência sem ser como Anônimo, inventem um codinome ou utilizem só o primeiro nome, pra mim já é o suficiente. Obrigado, Marcos Matos
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudanças,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades.
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança de mor espanto,
Que não se muda já como soia.
Luís de Camões