Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
Alphonsus Guimarães
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Baby,
Eu amava ouvir seu salto no chão de madeira. Hoje eu sei que esse som me acalmava.
Mas seus jures e minhas teorias entraram em confronto, e o que sobrou de tudo que se formou de nós foi simplesmente dor.
Já não te resta razão e não me sobrou sanidade.
Aqui, sentado no telhado, descobri que você era minha consciência e minha mente.
Agora tudo que eu tenho é um de seus vestidos em cima da cama, me servindo de travesseiro.
E em pensar que ele era o que mais odiava. Só queria que você lembrasse que cumpro minhas promessas. E com certeza cumprirei a última. Serei uma fênix.
É engraçado, agora que a tempestade me engoliu, vejo que aqui é tão sublime como eu pensava. Mas ainda assim é calmo demais, perfeito demais. Não mereço nada disso, por que a única coisa boa que fiz na vida foi te amar.
Marcos Matos
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