Bem, esse post é diferente. Por isso não faço nem ideia de como começar. Mas vamos lá.

Hoje, dia novo de ano novo e espero que de vida nova. Vida nova, quando eu escuto as pessoas falarem de vidas novas, me leva a imaginar alem de recomeço, uma vida sem as coisas que imperavam na passada. Bem não acho que na realidade seja assim, e nem que deveria ser. Prefiro e quero alguns aspectos da “vida” que passou. Algumas coisas tem que ter continuidade, se não tiverem, acho que acabam criando um retrocesso, um atraso de vida.

Esse é o primeiro momento de reflexão que jogo para o “papel”. Todo inicio de ano me reservo esse tempo, na realidade algo me exige isso. Não me importo, acho até bom, é como se eu tivesse uma conversa comigo mesmo, sem as cobranças típicas que os problemas da vida normalmente faz-nos impor um ao outro, mas uma conversa para contabilizar as perdas e os ganhos do ano. Com uma certa pitada de ironia posso até dizer que fecho para balanço. E nessa conversa meio que passa um filminho do ano que passou, quase um melhores momentos. Quase, porque misturado vem os piores. Acho que de certa forma cresço nessa conversa. Aliás crescemos eu e eu. Provavelmente o dia será quase típico, sem muitas surpresas. Até prefiro assim, me mantêm na minha zona de conforto. Gosto do dia de hoje é um dia alegre, apesar de ser um dia de introspecção. Gosto de me voltar para mim mesmo. Não vejo problema nisso, infelizmente os outros veem. Não me chateio, muito. Tento entender, as vezes não dá. Uns já me perguntaram se isso não é pra camuflar algo, uma possível crise de identidade. Creio que não, se for estou camuflando tão bem que até pra mim está complicado de ver. Bem vou retornar ao dia, acho que já estou fugindo do que interessa. Buscar o que nesse dia? Tudo que eu achar viável. Não só o que se deseja ou necessita, mas o que está ao seu alcance. Bem acho que é só. Não creio que seja meu melhor post, e também não acho que seja o pior. Bom fica a dica e a chamada de atenção. A introspecção não é de todo ruim, cabe a você se educar para fazer isso de forma construtiva. Acho que isso vale para alguns casos de depressão, mas só para pessoas de muita força, ou que já chegaram a um ponto tal de introspecção que possa transformar esse momento em algo produtivo para a própria vida, tipo um trampolim mesmo.

Bem vou reservar o fim do post para recadinhos e agradecimentos. First and last, i miss you and want you here near me. Bem agradecimentos, quero agradecer primeiramente a Deus que me proporcionou tudo. Quero agradecer a minha família, sem a qual não seria capaz de ser quem e o que sou. Quero agradecer também a todos os amigos, presentes, ausentes, próximos e distantes lógico incluindo os que conquistei pelo blog. Without y'all there's no sense, there's no way, there's no life. So, let's go drink something and be happy.

Marcos Matos


A brisa na praia me leva a pular no teu mar e pedir pra me perder no oceano que é você.

Oceano no qual mergulho sem medo de não conseguir respirar ou me afogar.

Contigo conheço a simplicidade do oculto,

A liberdade que há nele e nele nos perdemos em nós.

Um no outro, com o outro e para o outro.

A conversa silenciosa dos olhos em meio aos corais.

Os beijos roubados atrás das algas.

E as caricias perto do cais.

A fuga da rotina só pra ver a chuva caindo na lâmina d’água,

Ou para curtir o sol ir para a lua vir.

Momentos de raros momentos.

De dentes batendo e cabelos molhados ao vento.

O ir até lá que nos trouxe até cá,

Somado ao ir mais até ali que acabou nos recompensando com o aqui,

Na jangada olhando as estrelas das nossas constelações.

Abaixo de nós,

Um mundo desconhecido pelo mundo, e ainda assim, no mundo.

Um mundo no mundo, gerando o nosso mundo.

No qual as pérolas são mais que os mais lindos grãos de areia.

Elas são representações do sofrimento, do amor e do perdão de uma ostra.

Que apesar das dores que lhe são impostas,

Vertem todo o seu amor para aquele grão de areia,

Mudando-o e enchendo-o de beleza e amor.

Para porfim um dia ele poder ser dado como um gesto de amor.

Marcos Matos


Noite,

Vento,

Água,

Corpo.

Corpo na noite,

Água no corpo,

Vento nas árvores,

Vento na água

E vento no corpo.

Noite segredosa,

Vento frio,

Água quente

E corpo morno.

Noite de lua,

Vento do norte,

Água do rio

E o corpo, de quem?

Meu ou seu?

Porque esse corpo soa tão errado?

Tão sozinho, arrepiado.

Nos olhos de quem vê

Brilha a pergunta do calado.

Esse banho só serve no singular,

Ou pode ser pluralizado?


Marcos Matos