A paz invadiu o meu coração
E foi ai que eu notei
O que todos já haviam notado
Não haverá bolo de aniversário
O palhaço está cada vez mais gordo,
Velho e chato
Quase caduco,
Mas nunca mendigando.
Sempre de cara pintada
Nem que seja pra borrar
Quando ouvir uma verdadeira palma
Acompanhando uma gostosa gargalhada
Hoje ir á um circo é reviver o passado
Sair dele é levar um murro no estomago
O futuro passado não foi o melhor
E ainda assim poderia ser pior
Mas repleto de alegrias e amigos
Está o passado
No entanto amanhã ninguém
Nenhuma alma vai lembrar
Que o palhaço faz aniversário
Ele já não espera parabéns
Já não deseja dinheiro
Ele não busca mais nada
Agora que percebeu
Que sua vida é uma grande piada
De humor negro
Bravo!!! Bravo!!!
Marcos Matos
Mesmo tendo em nome profecia de ocaso,
Hei de sobrepor a aflição,
E entoarei meu canto de morte.
Canto este que há de soar indigno e covarde,
Em lugar de apiedante e cavalheiresco,
Aos ouvidos dos guerreiros canibais.
No retorno ao meu povo,
Meu cheiro me trai de tal forma,
Que me leva de novo para o sacrifico,
Do qual fui julgado imprestável.
Mas desta vez fui guiado pelo pai.
As ofensas ao meu povo e a mim,
Despertaram tal fúria que lavei com sangue,
A honra Tupi.
Não com o meu,
Mas com o sangue dos cruéis Timbiras.
Que por um senso de nobreza;
E honra tão impróprios fizeram um pai,
Mal ver o filho, que só lhe tem amor.
Marcos Matos